2018 trouxe emoções fortes. Que venha 2019!

O ano de 2018 foi no mínimo intenso para empresas e investidores no mercado norte-americano. Tudo começou com a expectativa acerca da Reforma Tributária assinada em dezembro de 2017 — que, por sinal, foi muito bem aceita pelos investidores do mercado financeiro e executivos em geral, conforme demonstrado no rali positivo das ações de empresas americanas até o terceiro trimestre e nos lucros históricos postados pelas corporações americanas listadas na bolsa de valores nesse período.

O rali do mercado financeiro norte-americano foi intenso em 2018. 

Em seguida, ficamos ansiosos com as tensões entre Estados Unidos e Coreia do Norte. Por fim, felizmente, os ânimos se acalmaram e a economia se manteve forte.

Já a partir da segunda metade do ano, intensificaram-se as conversas sobre os acordos comerciais — alguns com impacto positivo para a economia norte-americana, como o acordo da NAFTA, enquanto outros (mais especificamente o acordo com a China) vêm trazendo tensões mais agudas para mercado.

Apesar de o desemprego estar em taxas mínimas históricas, com o Federal Reserve System (FED) insistindo no aumento das taxas de juros, especialistas já consideram que a economia começa a mostrar sinais de desaquecimento no final de 2018. Agora, quando paramos para analisar o cenário internacional, vemos uma Europa estagnada e a China tentando recuperar os índices de crescimento de outrora. O que resta como alternativa?

O Brasil. Ah, sempre o Brasil! O país do futuro tem tudo para finalmente despontar no cenário econômico internacional, mas por vezes tem problemas na decolagem. Após uma severa lavagem de roupa suja política e uma acirrada eleição que resultou em uma guinada para a direita, o país está com uma forte tendência a maior abertura ao capital estrangeiro a partir do próximo ano. Barreiras de entrada em mercados antes com limitações ao capital estrangeiro, tais como o financeiro e o de aviação comercial, começam a cair. O investidor estrangeiro está faminto atrás de boas oportunidades de retorno.

Aguardaremos ansiosos para que, quem sabe, 2019 seja enfim o ano da virada do Brasil.


Por Michel de Amorim, sócio da Drummond Advisors

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